Nossas crenças estão ligadas à interpretação dos fatos por meio de nossas percepções. Isso se dá pelo sentimento de um fato já vivido, que se torna influenciador de ações posteriores.
Este fato explica a razão pela qual deixamos de iniciar um projeto, empreender um novo negócio, mudar de emprego, mudar de carreira, ou mesmo nosso comportamento. É o pensamento automático. Isso acontece devido à nossa tendência em acreditar em nossos pensamentos e, desta forma, preservarmos o nosso controle, e até a nossa sobrevivência.
À essas crenças geramos pensamentos automáticos que podem ser disfuncionais, e estão relacionados aos erros cognitivos. Como líder, você sabe a importância e impacto que pode ter nas pessoas, de forma positiva ou negativa.
Em minha rotina tem sido comum atender clientes que são gestores, mas encontram uma enorme dificuldade em lidar com seus próprios líderes (gerentes e diretores), que por sua vez apresentam o comportamento da Ditadura dos Deverias. É muito comum em personalidades do tipo Obsessivo-Compulsivo, pois empregam constantemente os termos: “eu deveria”, “eu tenho que”. Pessoas com características perfeccionistas utilizam esse erro de pensamento diariamente, gerando ansiedade constante.
O indivíduo também cria expectativas exageradas em relação ao comportamento dos outros, gerando afetos negativos quando estas não são preenchidas. Doenças como estresse, ansiedade generalizada, depressão, conflitos entre gerências e subordinados, entre outras relações interpessoais.
Veja mais 3 pensamentos que indicam o comportamento Obsessivo-Compulsivo:
- Pensamento 8 ou 80
A pessoa vê uma situação em apenas duas categorias ao invés de várias alternativas. Exemplo: “Se eu não for um sucesso total, eu serei um fracasso”. O perfeccionista normalmente faz uso constante desse erro de pensamento, e isso faz com que se sinta inadequado e desvalorizado quando o sucesso esperado não vem. Pensamentos dicotômicos tendem a contribuir para episódios depressivos e separações conjugais.
- Minimização do positivo
A pessoa diz para si mesma que experiências, atos ou qualidades positivas não contam. Exemplo: “Eu fiz bem aquele projeto, mas isso não significa que eu seja competente. Eu apenas tive sorte”. Quando se desqualifica o positivo, tira-se a alegria da vida, e pessoa se sente inadequada, e não recompensada.
- Leitura Mental
A pessoa acha que sabe o que os outros estão pensando e não considera outras possibilidades mais prováveis. Exemplo: “Ele está pensando que eu não sei nada sobre esse projeto”. “Ele pensa que sou um idiota”. “Ele está me olhando assim pois deve estar pensando que estou falando abobrinhas”.
Se você percebeu que se encaixa nesse perfil de comportamento, ou identificou que tem um chefe com pensamento obsessivo-compulsivo, não se preocupe. Você não está sozinho.
É possível conhecer mais profundamente os estilos de comportamento de seus gestores e colegas, e impactar de forma positiva, a ponto de transformar aquelas crenças em novos comportamentos.
Invista na arte de saber se relacionar. Você poderá promover impactos surpreendentes.
Espero ter ajudado. Um abraço!
Katya Mangili
KM Coaching